Adentrar os templos de tijolo e
vidro pode significar a ruina de um coração...
Só um coração aprendiz pode alcançar o reino da
consciência, a sublime razão que faz conhecer as infinitas formas que a vida
pode ter.
O coração sábio é um templo flutuante, sem
berros, sem pedidos, sem moedas, sem degraus, sem gravatas, batas, mantos ou
vestidos. Um coração templificado não
tem dívidas com a eternidade, pois, se sabe parte. Não bate o pé como criança
tola, mas cura suas próprias feridas. É capaz de refletir, sentir, transcender padrões,
sem ruminar seus erros, sem bestificar sua sombra.
Caixinhas de tijolo e vidro infantilizam o espírito. Repelindo “o mundo” constroem mundinhos.
A essência de cada um precisa de lugares mais amplos, daí o motivo de ela habitar dentro de nós...
B. Damas